DAE e EE Dom Gabriel Paulino Bueno Couto afirmam o sucesso da parceria com mais um tema

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Depois do sucesso do ano passado, com o julgamento do caso fictício do “senhor” Nico Fidelis, agricultor acusado de contaminar o rio Jundiaí-Mirim, o lençol freático e por homicídio de uma criança, que acabou sendo acusado a um ano de detenção e teve que pagar mais de 30 mil reais que poderiam ser revertidos em projetos ambientais, a Escola Estadual Dom Gabriel Paulino Couto em parceria com a DAE realiza hoje o 2º Júri Ambiental, das 8 às 12 horas.

Neste ano o caso (que também é fictício) julgado será de um empresário que ampliou sua indústria de retifica de motores automotivos para recondicionadora de transformadores, localizada em uma área de manancial, mudando de atividades sem a respectiva documentação necessária (licenças).
Para a realização da nova atividade sua indústria gera um efluente altamente tóxico, utilizando como isolante térmico em transformadores. Mas em 2004, a contrata uma transportadora para levar o produto tóxico para tratamento, o motorista da empresa contratada, por motivos particulares, realizou um descarte no rio, na propriedade de um agricultor, contaminando a água e a plantação e provocando a morte da sua esposa. O empresário vai a julgamento como homicídio culposo e crime ambiental.
Segundo Ana Rita Serrafero, professor de biologia, o júri faz parte do projeto “Agenda Ambiental”, que é composto de ações com o objetivo de melhorar a qualidade de vida dos alunos. “O objetivo do Júri é despertar nos alunos valores físicos, éticos, morais, culturais e ecológicos, entre outras questões pertinentes a formação destes jovens como cidadãos”, comentou a professora, que é a mediadora do projeto.
O Júri Ambiental segue o mesmo rito de um julgamento, tendo advogados de defesa e promotores encarregados da acusação. “São 360 alunos, do primeiro e segundo ano do Ensino Médio, envolvidos direta e indiretamente com o projeto. Começamos a trabalhar com els em agosto”, disse Ana Rita.
De acordo com a bióloga da DAE, Maria Elisabete Mendes Lopes Botan, a DAE participa do projeto com a elaboração da situação-problema em relação a utilização e preservação de mananciais, abordando inclusive e principalmente as questões jurídicas. “Nós fornecemos o caso para o julgamento. Criamos um incidente que teve como conseqüência o comprometimento da qualidade da água de abastecimento do município”, explicou Maria Elisabete.
Para o biólogo Martim de França Silveira Ribeiro, assessor técnico da DAE, que representará o juiz a expectativa é grande. “Ano passado os alunos deram show de interpretação. Eles se envolveram com a proposta do evento e este ano o júri tende a ser mais interessante”, finalizou.