A DAE está executando a 2ª etapa da obra de remanejamento de rede de esgoto do bairro do Jundiaí Mirim. Nessa fase foram investidos aproximadamente R$ 500 mil e estão sendo trocados 1.100 metros de emissários de 800 e 1.200 milímetros de diâmetro, da Estrada de Itatiba até a Represa de Acumulação do Jundiaí-Mirim.
A primeira fase foi realizada entre final de 2005 e início de 2006, quando foram remanejados 2.200 metros de rede, desde o sítio da Família Fava até a Estrada de Itatiba.
A previsão para o término é de 40 dias (sem chuvas). Ao final a obra vai beneficiar moradores dos bairros Ivoturucaia, Toca, Roseira, Caxambu, Jardim Rosaura, Vera Cruz, Jundiaí-Mirim, entre outros.
O Diretor de Obras, Engenheiro Antônio Araújo explica que a obra foi dividida em duas etapas devido à dificuldade de terreno irregular e por estar localizado em algumas áreas de proteção a manancial, o que requer cuidado redobrado. “Os emissários dessa região são antigos e estavam apresentando alguns vazamentos. Essa troca já estava nos projetos da DAE há algum tempo, mas só conseguimos executa-la agora. Para evitarmos mais problemas estamos investindo cada vez mais em saneamento, remanejamento de redes antigas, assim como será feita a da Avenida Nove de Julho no último trimestre do ano”.
Para garantir mais segurança e qualidade no remanejamento, dois tipos de materiais de última geração estão sendo utilizados na rede. Os emissários de 800 milímetros são de CPRFV (Centrifugados de Poliéster Reforçado com Fibras de Vidro). Já a tubulação de 1.200 milímetros é de concreto armado (CA2). Segundo o Chefe da Divisão de Esgoto, Engenheiro Valter Maia, esses materiais são mais resistentes. “Usamos o CA2, que tem duas armações metálicas, o que garante mais qualidade e resistência. Esse material é de última geração em termos de concreto para tubulação de esgoto”, comenta.
Maia explica que além de estar antiga a rede também apresentava o problema de assoreamento. “Na época em que essa rede foi construída a tubulação ‘subia e descia’ muitas vezes, com o tempo a areia decantou em alguns pontos mais baixos e com isso a areia decantou e a capacidade da tubulação conseqüentemente diminuiu e o local não era possível fazer a manutenção”.
No entanto, o engenheiro explica que esse problema será eliminado devido a uma melhoria nos estudos dos terrenos e principalmente pela utilização dos tubos em CPRFV. “Os emissários que são produzidos com esse material são ‘lisos’ internamente, o que evita que areia acumule-se com o tempo”, afirma.
Após o remanejamento a rede antiga será desativada e os poços de visitas (PV) aterrados. “Quando for feita a interligação iremos aterrar os PVs e assim verificaremos se não ocorre infiltração, garantindo que toda rede foi inutilizada”, informa Maia.
Garantia de qualidade – Antônio Araújo diz que a troca também será importante pois está numa área próxima à que será inundada após a duplicação da represa de acumulação. “Temos uma distância 50, 60 metros da represa até a rede”.
O Diretor de Operações, Engenheiro Milton Takeo, salienta que essa não é uma preocupação que a população precisa ter, pois num remoto caso de vazamento, ocorre autodepuração do esgoto. “A água, antes de chegar à captação passa por duas represas. A área da represa de acumulação é muito grande, por isso, além da diluição, o espelho d’água se oxigena acontecendo a autodepuração. Um benefício importante de termos as represas é que elas impedem que qualquer carga poluidora chega até a captação da água e mesmo assim ainda passa por todo o processo de tratamento que é muito rigoroso”. Milton ainda lembra que o Laboratório de Qualidade de Água da DAE faz o monitoramento diário.
Túnel liner – Outra tecnologia usada na obra foi o túnel liner, uma interligação da rede que passa por baixo da Rodovia Engenheiro Constâncio Cintra – Estrada de Itatiba. O local exige um material mais reforçado, pois precisa suportar peso e também impactos da rodovia, além de ser um local complicado para se interromper o trânsito.
O túnel liner é um procedimento que usa a escavação da terra por baixo da estrada, sem quebrar o asfalto e danificar a estrutura da rodovia. “Essa é uma obra complexa e que garante mais segurança. A montagem do túnel de aço é feita em partes e logo em seguida da escavação do local. O tubo que será utilizado no local é o feito em CPRFV e serão aproximadamente 24 metros de extensão de rede que passa por baixo da estrada”, finaliza Araújo.