Para comemorar o Dia da Árvore (21/09), a DAE junto com 35 alunos do Ciclo II Inicial (3ª série) da escola Sesi do bairro da Colônia, plantaram ontem mudas de árvores nativas em uma área do Viveiro de Mudas da DAE. “Cada vez mais as pessoas se conscientizam sobre a importância da preservação ambiental, participam e cobram ações nesse sentido e por isso a DAE abre o espaço para crianças e jovens terem aproximação com a natureza”, comentou Martim de França Silveira, biólogo da DAE.
Junto a comemoração as crianças tiveram uma aula sobre solo e vegetação. “Esta visita nos deu a oportunidade de saber como se planta uma árvore, além de que veio somar com o que os alunos aprenderam em sala de aula como os tipos de solo e adubos usados”, explicou a professora Flávia Corradini Bayago.
Gabriel Rigone Cruz, de 9 anos, estava encantado por ter conseguido plantar uma árvore. “Isso é muito legal. É gostoso mexer com a terra e com as plantas”, comentou o garoto que teve sua primeira experiência com plantação.
Preocupada com a manutenção e reflorestamento das áreas de preservação, a DAE desenvolveu o sistema de produção de mudas nativas para reflorestamento. Atualmente, o Viveiro de Mudas da DAE tem capacidade para produzir cerca de 140 mil mudas por ano.
O projeto tem como objetivo, além da manutenção e reflorestamento de áreas de preservação permanente, o desenvolvimento e adaptação de técnicas de cultivo para produção de espécies nativas em casas de vegetação, uma vez que este tipo de cultivo é pouco difundido e há pouquíssimas publicações científicas sobre o mesmo. “Um de nossos objetivos é ser referência no assunto para interagirmos com instituições públicas e privadas, difundindo conhecimentos adquiridos, podendo contribuir com novos projetos, semelhantes ao desenvolvido pela DAE, em âmbito nacional”, explicou Martim.
A produção das mudas tem início com o plantio das sementes no berçário, primeira estufa, onde elas permanecem até atingirem, em média, 3 a 6 cm. Nesse ponto são transplantadas para a Casa de Vegetação. Posteriormente as mudas são deslocadas para o viveiro de adaptação, onde ficam protegidas com sombrite 50%, permanecendo nesta estufa até o plantio definitivo em campo, etapa que varia de espécie para espécie. O cedro, por exemplo, permanece de 2 a 4 meses, já o jequitibá branco, de 6 a 8 meses.
O projeto se estende às orientações sobre o plantio e manutenção das mudas. “Orientamos nossos parceiros sobre as formas corretas de plantio e manutenção da mudas, para evitar a perda das mesmas. Estamos sempre à disposição para tirar dúvidas e dar explicações”, contou o biólogo.
Parceria preserva áreas de mananciais
O projeto de reflorestamento de áreas de mananciais desenvolvido pela DAE, conta com vários parceiros. “Este projeto surgiu pela necessidade e preocupação da empresa em preservar os mananciais de abastecimento da cidade. O projeto vem ganhando a cada ano novos parceiros o que significa que a conscientização dos proprietários de imóveis destas regiões vem crescendo”, explicou Martim.
De acordo com o engenheiro, as normas para reflorestamento são determinadas pelo Departamento Estadual de Proteção de Recursos Naturais – DEPRN – conforme o código florestal. Nas áreas de preservação permanente, como é o caso da Bacia do Rio Jundiaí-Mirim, os proprietários de imóveis têm que, segundo leis Federais e Estaduais, preservar uma faixa de 30 metros a partir do leito do manancial. Qualquer intervenção em áreas de proteção permanente, sem autorização do DEPRN, é crime ambiental, passível de pena de detenção de um a três anos e multa de até 50 mil reais por hectare danificado.