Parceria firmada entre o Hospital do Câncer de Barretos e a Prefeitura de Jundiaí está mobilizando a população para participar da Campanha de Cadastramento de Medula Óssea e a DAE também está ajudando, cadastrando os funcionários e disponibilizando horário e local para que seja feita a coleta de sangue, na sexta-feira, 28 de setembro.
Com o intuito de falar mais sobre os procedimentos de doação e esclarecer dúvidas sobre o assunto o coordenador da campanha em Jundiaí Thiago Rigghi compareceu à sede da empresa e conversou com os funcionários.
O coordenador começou o ‘bate-papo’ explicando a diferença entre medula óssea e espinhal, que acaba por ser confundida por muitas pessoas. “Medula espinhal é um tecido nervoso, que fica dentro da coluna vertebral, enquanto a medula óssea é um tecido líquido que fica no interior dos ossos, conhecida popularmente como tutano, onde são produzidos componentes do sangue”.
O transplante é necessário em casos de doenças sanguíneas como leucemia e aplasia de medula óssea, substituindo a medula óssea doente por células normais com o objetivo de reconstituição de uma nova medula.
Assim como em toda a cidade, na DAE será realizado somente o cadastro e coleta de 10 mL de amostra de sangue, para a tipagem HLA, que verifica a compatibilidade.
Das pessoas que precisam de transplante apenas 30% conseguem doadores dentro da própria família, os outros 70% precisam recorrer ao banco de cadastro e a probabilidade é de 1 em 1 milhão. Para as esperanças aumentem é preciso que cresça também o número de cadastros.
“Além de termos um baixo número de doadores dispostos, também temos o agravante da mistura genética no Brasil. Por isso que estamos intensificando a campanha”, comentou Rigghi.
REDOME – O cadastro entra para o Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (REDOME) e a pessoa fica cadastrada para sempre. Caso seja identificada a compatibilidade, o doador é contatado e chamado pelo Ministério da Saúde, que cobrirá todos os custos para que ele faça a doação no hospital habilitado mais próximo da sua residência. A pessoa ainda será questionada se quer doar (não é obrigatório)!
Existem dois procedimentos para o transplante:
Procedimentos – Punção direta da medula óssea – agulhas finas retiram uma pequena quantidade de medula óssea do osso ilíaco (da bacia). O doador recebe anestesia e mesmo após o procedimento – que leva em média 40 minutos – não sente dor.
Coleta pela via periférica – o doador recebe um medicamento por 5 dias para estimular a produção de células mães necessárias para o transplante e a coleta é feita com auxílio de uma máquina chamada aférese, como uma doação de sangue. O procedimento dura em média 4 horas.
São extraídos menos de 10% da medula óssea do doador. Não há nenhuma mudança de hábito de vida, de trabalho ou alimentação para o doador. Dentro de poucas semanas a medula óssea já está totalmente reconstituída.
Quem NÃO pode se cadastrar como doador?
– Portadores de HIV (AIDS);
– Pacientes em tratamento oncológico (câncer);
– Menores de 18 anos e maiores de 55 anos.
Campanha –
No dia 29 de setembro (sábado), o cadastramento será aberto à população em 4 pontos fixos de Jundiaí:
– Complexo Argos (Vila Arens)
– Ginásio Romão de Souza (Colônia)
– GRENDACC (Parque da Represa) e
– Escola Municipal Geraldo Pinto Duarte Paes (Rua Ângelo Pernambuco, 180. Jardim Ermida II – Eloy Chaves – 4581-9879 / 4525-9012 / próximo à Igreja)
Assim como nas empresas será feito apenas o cadastro e coleta de 10 mL de sangue, procedimento que dura em média 10 minutos. O horário de atendimento será das 8 às 17 horas.