A população que passa pela Rodovia João Cereser e visualiza a represa de captação da DAE pode se assustar com a paisagem, pois a mesma está com nível baixo de água. Mas ninguém precisa se preocupar, pois a cidade não está e nem vai enfrentar qualquer problema de racionamento de água.
O que acontece é que a empresa está preparando a área para o desassoreamento da represa, ou seja, a limpeza da área que hoje está tomada por lodo, barro, entre outros detritos que foram se acumulando nos 31 anos de existência da barragem.
Como forma de prevenir qualquer especulação sobre problemas no abastecimento de água na cidade o Prefeito Ary Fossen, Presidente da DAE, Eduardo Santos Palhares, Superintendente, Eduardo Pereira, Diretor de Operações, Milton Takeo e Diretor de Manutenção e Obras, Antonio Araújo receberam a imprensa para falar sobre a obra.
Com investimento de R$ 1,5 milhão a limpeza está prevista para ser executada em seis meses, e realizada dentro do cronograma elaborado, na época de estiagem, entre abril e outubro, pois é menor o índice de interferência climática como fortes chuvas.
A represa ocupa uma área de 120 mil m2 e com obra a previsão é que sejam retirados 250 mil m3 de material e detritos o que implica conseqüentemente no aumento de armazenamento da mesma cota (250 mil m3).
“Essa é a primeira vez que se faz a limpeza dessa represa, uma obra muito importante, pois vai melhorar a capacidade e qualidade da captação da água bruta. Outro fator importante é que aumentando a reservação expande-se o volume de água e se dilui qualquer problema que possam ser encontrados na água”, afirmou Ary Fossen.
Eduardo Palhares comentou que atualmente a represa conta com uma lâmina de no máximo um metro de altura, o que é muito pouco frente à capacidade existente. “Com a limpeza devemos aumentar essa cota para três metros”.
O baixo nível que pode ser observado faz parte dos preparativos para o início da obra e teve início com a abertura de uma rua dentro da represa que vai permitir o acesso dos veículos até o local. “Usaremos dragas de arraste, escavadeiras hidráulicas e caminhões trucados, que são de grande porte”, disse o Diretor de Operações Milton Takeo.
Para que não haja interferência no abastecimento de água o desassoreamento será realizado em duas etapas. “Será construído um dique para dividir a represa em duas, uma receberá a limpeza enquanto a outra mantém a água para que seja feita a captação e depois se inverte a ordem”, afirmou Takeo.
Os detritos e materiais que serão retirados do fundo da represa também já têm destino certo, serão levados para a área do Parque da Cidade conhecida como terrão e que serve de estacionamento em dias de grandes eventos.
Esse lodo e barro serão utilizados para as obras de alteamento e também para recuperação de áreas. “Esse material é bem mais rico do que o que já existe nesse local e será reaproveitado para o plantio de árvores nativas e outros projetos”, comentou o Diretor de Operações.