A DAE Jundiaí está desenvolvendo um projeto de Restauração Ecológica de áreas no Entorno da Represa, no Parque da Cidade, que prevê o plantio de até 40 mil árvores nos próximos 14 meses.
Pelo projeto a expectativa é recuperar uma área de empréstimo de terra de 8.5 hectares, usada durante a construção da represa de abastecimento do município, e enriquecer o plantio já existente no entorno. “Este é o complemento das ações de implantação da represa”, explica o diretor de Mananciais da DAE, Aray Martinho.
A primeira etapa foi feita em março. Esta área, conhecida como terrão, recebeu a vegetação retirada durante a limpeza da represa. Este material foi processado e usado como substrato. “Isso deu origem a uma camada orgânica e melhorou a condição do solo para o reflorestamento”, explica o biólogo Marco Chanchencow, gerente do Parque.
Nesta segunda fase, iniciada no final de abril, o local ganhará 14 mil mudas. “Já plantamos cerca de 600 e queremos concluir o restante em, no máximo, quatro meses”, diz Marco.
São cerca de 80 espécies, entre elas, dedaleiro, açoita cavalo, ipês, paineira, cedros, entre outras. De todas, 30% são zoocóricas, aquelas que produzem frutos e atraem os animais.
Já crescidas, as árvores vão transformar a atual paisagem árida e permitir a conexão entre as diferentes áreas verdes que existem no local. Com isso, será possível formar corredores ecológicos e permitir a continuidade dos espaços plantados. “A recuperação nesta área é de extrema importância e vai além do plantio de árvores”, explica o diretor-presidente da DAE, Jamil Yatim. “Queremos formar neste trecho um cinturão verde e, quanto maior, melhor.”
Atualmente já é possível observar diferentes espécies de animais. O gerente do local conta que já foram encontrados ratão do banhado, furão, coelho, ouriço cacheiro, gato do mato, bugiu, gambá, lagarto, além dos mais conhecidos como saguis e capivaras. As espécies de pássaros também são muitas. Em estudo do ecólogo Renan Augusto Bonança, como parte de seu mestrado em ecologia na Universidade Estadual Paulista (Unesp), ele identificou 99 espécies de 40 “famílias” diferentes.
Agora, com o reflorestamento, o Parque vai atingir outro nível de ocupação. “Quanto maior o espaço plantado, maior variedade de animais e plantas”, diz Aray. “E isso é uma vantagem porque a planta é um produtor de água e, quanto mais plantas, melhor será o clima.”
Bacias de contenção ajudam na irrigação
Não é só o reflorestamento que está ocorrendo no Parque. Na área de plantio também estão sendo formadas duas bacias de contenção de água pluvial, que serão usadas principalmente em períodos de estiagem.
Estas bacias vão armazenar a água de chuva e nos períodos de seca auxiliarão na irrigação das árvores plantas.
Paralelamente ao projeto de reflorestamento, a DAE está realizando projeto de monitoramento de fauna e peixamento para identificação do biossistema existente.