A DAE Jundiaí atende regularmente cerca de 150 famílias que residem em imóveis localizados em áreas que não possuem rede de abastecimento de água, devido a inviabilidade técnica ou econômica.
Essa demanda aumentou no último ano devido à crise hídrica, já que os poços utilizados por várias famílias secaram. Para atender os munícipes, a DAE investiu em torno de R$ 950.000,00 na compra de 4 caminhões tanques e equipamentos.
Os custos desses fornecimentos eram suportados pela empresa, já que não existia uma tarifa regulamentada para entrega periódica. Em 11 de dezembro de 2014, a Agência Reguladora dos Serviços de Saneamento ARES-PCJ, através de sua Resolução nº 68 (página 8, item IX.b) regulamentou a tarifa a ser cobrada por este fornecimento para viagem com entregas de até 5 m3.
De acordo com o Diretor Comercial da DAE, Fernando Neves, em Jundiaí será cobrado R$ 19,30/ m3 ou R$ 4,82/m3 para os clientes enquadrados na tarifa social (Cadastrados nos programas sociais do Governo Federal – Cadastro Único), a partir do dia 1 de setembro. “Em pesquisa realizada em outras companhias de saneamento de cidades da região, o valor médio cobrado pela água no caminhão-pipa é de R$ 54,66/m3 ”.
Para a correta apuração do volume fornecido para cada família que utiliza esse serviço, foram instalados hidrômetros eletromagnéticos nos caminhões tanques.
Segundo o Diretor-Presidente da DAE, Jamil Yatim, foram realizados cálculos para a determinação dessa tarifa. “Além do custo do tratamento da água, foram analisados os valores gastos com combustível, salários dos funcionários (motoristas e ajudantes), seguro, manutenção e depreciação dos caminhões, razão pela qual essa tarifa é maior do que a cobrada dos clientes que são servidos pela rede de abastecimento”.
A água fornecida pela DAE atende aos padrões de qualidade regulamentados e os quais são constantemente monitorados. “Não seria justo cobrar essa conta dos mais de 107 mil clientes que possuem rede de água”.