Em continuidade às ações que visam garantir a qualidade da água que abastece Jundiaí, a DAE dá início à remoção manual de macrófitas aquáticas na represa de Captação. Essa limpeza será realizada numa área de 220 mil m2, por mergulhadores especializados.
“Após estudos, constatamos que seria necessário realizar a remoção das plantas macrófitas, que estão submersas e enraizadas na represa de Captação, por meio da retirada manual e sistema de mergulho. É um serviço minucioso”, detalha o diretor de Mananciais da DAE, Martim Ribeiro.
Apesar da presença destas plantas, a qualidade da água não é comprometida. “Nosso processo de tratamento se adapta a estas condições, mantendo inalterada a qualidade da água.”
A limpeza será realizada em três etapas: extração, monitoramento e manutenção. O serviço será realizado por uma equipe de mergulhadores da empresa Brasil Sub Com, habilitados de acordo com regras da Marinha e que foram contratados por meio de processo licitatório.
O trabalho de limpeza com mergulhadores é utilizado em locais submersos como reservatórios de hidrelétricas e plataformas de petróleo. Serão utilizados equipamentos apropriados e uma balsa com cesto para disposição do material retirado. O contrato tem duração de doze meses, com investimento de R$ 912 mil.
Desassoreamento e peixamento
Em outubro de 2017, a DAE realizou o desassoreamento em parte da represa de Captação, o que resultou no aumento, em média, de 80 centímetros a 1 metro da lâmina de água, e, consequentemente, na ampliação da reservação de água.
Para o controle das macrófitas, além da remoção da vegetação com maquinário executada durante o desassoreamento, a DAE fez o peixamento com a inserção de 500 peixes na represa de Acumulação, para fazer o equilíbrio do ecossistema.
A iniciativa foi possível graças a um estudo realizado pela empresa Ecosafe Agricultura e Meio Ambiente, especializada em vegetação aquática e contratada pela DAE. A empresa tem como coordenadores o professor da Unesp de Jaboticabal e doutor em Ecologia pela Esalq/USP Robinson Antônio Pitelli e seu filho, Robinson Luiz Pitelli, doutor em Plantas Aquáticas.
“A água da represa tem grande concentração de nutrientes o que contribui para este desequilíbrio. Os peixes herbívoros são uma das formas de controle. Estamos monitorando seu comportamento, com foco sempre na qualidade da água”, afirma Robinson Luiz. Martim ressalta que, após a limpeza com os mergulhadores, um novo peixamento deve ser realizado na represa de Captação.