Despoluição do rio Jundiaí é destaque na discussão do Plano de Bacias do PCJ

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Sergio Razera, diretor presidente da Agência das Bacias PCJ, André Navarro, secretário executivo adjunto do CBH-PCJ, Luiz Roberto Moretti, Secretário Executivo do CBH-PCJ e do PCJ Federal, e Eduardo Palhares

O case do rio Jundiaí, que voltou a ter vida após um processo de despoluição, foi um dos destaques durante a discussão do Plano das Bacias PCJ 2020-2035, debatido em audiência pública realizada pela Agência PCJ, esta semana, na sede da DAE Jundiaí. Cerca de 130 representantes da sociedade civil, entidades de classe e governamental participaram do encontro, que permitiu o debate sobre o documento.

“A Agência PCJ se preocupa com a preservação e o abastecimento. O rio Jundiaí, após a despoluição, entra neste contexto porque pode vir a ser uma fonte de água para os municípios por onde passa. Para a DAE, é motivo de orgulho saber que participamos deste processo”, afirma o diretor presidente da empresa, Eduardo Santos Palhares.

O Plano das Bacias PCJ 2010 a 2020 já havia proposto a alteração de trechos do Rio Jundiaí de Classe 4 para Classe 3. “Agora, outros rios, de acordo com o município por onde passa, deverá a atender a determinados parâmetros, para que sigam o mesmo caminho do rio Jundiaí”, conta.

Segundo ele, a participação da equipe técnica da DAE na criação do Cerju (Comitê de Estudos e Recuperação do Rio Jundiaí) e a construção de redes de esgoto e estações de tratamento foram essenciais neste processo. “Hoje, nosso desafio é manter o que conseguimos e chegar à classe 2. É um processo que envolve toda a população”, acrescenta.

Plano das Bacias

Desenvolvido em quatro etapas, a elaboração do Plano das Bacias PCJ teve início em abril de 2018 e, agora, segue para aprovação em plenária dos Comitês PCJ. Após a audiência pública, o trabalho será avaliado pela Câmara Técnica de Planejamento e depois na Reunião Plenária dos Comitês PCJ.

“No meu ponto de vista, o Plano das Bacias é o produto mais importante desenvolvido pelos Comitês PCJ. Ele norteia as ações para que a vida e as atividades econômicas se desenvolvam com segurança”, defende o diretor-presidente da Agência das Bacias PCJ, Sergio Razera.

O encontro ocorreu na mesma semana que a DAE realizou uma conferência pública sobre o Plano Municipal de Recursos Hídricos (PMRH). “O Plano das Bacias trata a questão da água em caráter regional, já o Plano Municipal de Recursos Hídricos estabelece parâmetros e critérios em nível municipal”, aponta o diretor de Mananciais da DAE, Martim Ribeiro. Em Jundiaí, o PMRH será tema de mais uma conferência pública, para discussão dos planos de ação. O objetivo é a gestão adequada e consciente dos recursos hídricos.