No segundo dia do 51° Congresso Nacional de Saneamento da Assemae (CSNA) em Poços de Caldas (MG), uma das mesas redondas foi dedicada exclusivamente a tratar os desafios das Parcerias Público-Privadas (PPP) para a universalização do esgotamento sanitário.
O tema, considerado sensível por todos os participantes, levou muitas pessoas ao auditório e reuniu, num mesmo espaço, representantes de instituições que buscam uma PPP para equalizar problemas relacionados ao saneamento, como o DMAE de Porto Alegre, e casos de sucesso, como a DAE Jundiaí e CSJ (Companhia Saneamento de Jundiaí), que desde meados dos anos 90 efetivaram uma parceria de sucesso para a concessão do tratamento do esgoto que resultou na despoluição do rio Jundiaí. As duas empresas dividem o estande de exposição no Congresso.
O diretor superintendente de Gestão da DAE, Evandro Biancarelli, e o diretor presidente da CSJ, Luiz Pannuti Carra, participaram da mesa e apresentaram o trabalho realizado em parceria no município, com o alcance da universalização do saneamento muito tempo antes do prazo limite determinado pelo Marco Legal.
“Dentre tantos pontos positivos nessa parceria, aponto a realização de investimentos que não estavam previstos pela DAE, como a construção e operação da Estação de Tratamento de Esgoto, e o melhor benefício, que foi a reclassificação do rio Jundiaí, que antes era classe 4, ou seja, impróprio para o consumo, passando para classe 3, que permite o consumo humano após tratamento. Só por este motivo, Jundiaí e toda a região tem muito a comemorar com esta parceria”, justificou Biancarelli, que também é diretor de Desenvolvimento Associativo de Água e Esgoto da Assemae.
Pannuti lembrou dos primeiros movimentos que resultam hoje no rio despoluído, como a criação do CERJU (Comitê de Estudos e Recuperação do Rio Jundiaí), em 1983, com a participação de todos os municípios localizados ao longo do rio e que firmaram um pacto para despoluição do manancial. “É importante salientar que encontramos na DAE um alto grau de profissionalismo, que nos permite também oferecer um trabalho de qualidade, que garante os bons índices no saneamento da cidade”, destacou.
Mediada por Waldo Villani Junior, presidente da Regional São Paulo da Assemae, a mesa também contou com a participação de Maurício Loss, diretor geral do DMAE de Porto Alegre; Charles Sharram, gerente executivo da FGV Projetos; Elcires Pimenta Freire, professor e coordenador de projetos da FESPSP e Felipe Teles Izabel da Cunha, gerente nacional de Desenvolvimento de Parcerias e Serviços Especiais para Governo da Caixa Econômica Federal.
O 51° Congresso Nacional de Saneamento da Assemae é reconhecido como um dos principais fóruns de saneamento básico no Brasil. O evento, que termina nesta sexta (22), atrai gestores públicos, técnicos, empreendedores, pesquisadores, estudantes e profissionais do setor de saneamento básico.
Assessoria de Comunicação – DAE Jundiaí
Fotos: DAE Jundiaí