Cerca de 8,9% da população brasileira é composta por pessoas com deficiência. Em números, 18,6 milhões de brasileiros PCD constam na última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD) divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no início de março. Esse foi um dos indicadores comentados durante o encontro “Pessoas com deficiência: conhecer para incluir”, organizado pela Comissão de Acompanhamento de Processos de Inclusão da DAE e realizado nesta sexta (15), no Auditório Planeta Água, com a presença de servidores da empresa.
Para Gláucia Noguero, chefe de Seção do Serviço Social, e presidente da Comissão, o evento oferece um momento de reflexão a todos. “O olhar empático muda tudo num relacionamento, seja na nossa vida particular ou no ambiente de trabalho”, ressaltou, informando que cerca de 200 servidores participaram da palestra, realizada em duas turmas.
Psicólogo e assessor de Políticas para a Pessoa com Deficiência da Prefeitura de Jundiaí (PMJ), Marco Antonio dos Santos destacou que não basta apenas ter cotas determinadas por lei. “As empresas precisam se adequar para receber a pessoa com deficiência e dar condições para que ela possa contribuir profissionalmente”, disse. “Aqui na DAE, temos um bom exemplo disso. Sou cadeirante e, para que eu pudesse chegar até aqui em cima, no palco, havia uma estrutura física para proporcionar meu acesso”, exemplificou, falando que o desafio de toda a sociedade é pensar inclusivamente quanto a todos os tipos de deficiência: física, auditiva, visual, intelectual e psicossocial.
A palestra também contou com a participação da psicóloga Andressa Carolina de Souza, do Departamento de Educação Inclusiva da Unidade de Gestão de Educação (UGE). “Dos cerca de 31 mil alunos da rede municipal, temos perto de 1300 estudantes com laudo de deficiência, sendo muitas não aparentes, como o transtorno do espectro autista”, apontou Andressa. “A principal barreira a ser quebrada em relação às pessoas com deficiência é a atitudinal, ou seja, quando o preconceito e a desinformação resultam na discriminação e no capacitismo”, complementou.
O diretor superintendente de Gestão Evandro Biancarelli reforçou a importância do tema. “Discutir essa questão é a oportunidade de nos colocarmos no lugar do outro. Pensar inclusivamente garante o acolhimento de todos e melhora a convivência em toda a empresa”, finalizou.