São mais de cem anos de história e trabalho que fazem da DAE Jundiaí uma referência nacional em saneamento. Esse reconhecimento, assim como o serviço de qualidade entregue à população de Jundiaí, só é possível graças ao trabalho contínuo dos servidores que compõem a empresa. Entre eles, as mulheres têm conquistado cada vez mais espaço, quebrando barreiras e mostrando excelência em suas funções. Neste Dia Internacional da Mulher, a DAE homenageia suas colaboradoras por meio da trajetória de pioneirismo de três das 137 mulheres que formam a empresa.
Danielle Beatriz Hotovy começou sua trajetória na DAE em 2009, com apenas 23 anos, quando passou no concurso público para oficial de Obras e Manutenção. Foi a primeira mulher a ocupar um cargo operacional na empresa, o que trouxe desafios desde o primeiro dia. Sem referências femininas na área e sem uma estrutura adequada para recebê-la, passou por situações inusitadas: “Quando cheguei não sabiam bem o que fazer com uma mulher naquela função. Eu estava aqui para trabalhar, mas era novo para todo mundo”, relembra a servidora.
Com persistência, foi mostrando sua capacidade e passou a atuar na lavanderia, depois integrou a equipe de roçagem e, em seguida, a seção de Sinalização. Hoje, na Gerência de Manutenção Centro (GMC), sente-se realizada, colocando em prática seu conhecimento de técnica em saneamento.
“Tenho orgulho de mim por tudo que passei e tudo que construí. Ser a primeira foi necessário para ser quem eu sou e espero continuar assim”, afirma a servidora, que carrega com orgulho a responsabilidade de ter sido a pioneira.
Depois de Danielle, outras mulheres passaram a integrar as equipes operacionais da DAE. Entre elas, Maria Cleonice Nogueira, a primeira mulher a assumir o cargo de agente de Serviços Hidráulicos.
Desde que chegou a empresa em 2015, como oficial de Obras de Manutenção, passou por dois concursos internos até conquistar sua posição atual e foi, junto de Danielle e suas colegas, testemunha das mudanças e adaptações da empresa, que agora conta com um verdadeiro time de mulheres nos cargos operacionais.
“Vejo em mim e nas demais mulheres a prova de que também somos capazes. Amo o que faço e sempre assumi essa responsabilidade sem medo”, destaca. Em uma área majoritariamente masculina, Maria Cleonice reconhece que o machismo ainda é presente no dia a dia, mas vê como um incentivo para continuar o bom trabalho.
Gestão e liderança
O pioneirismo feminino na DAE não se limita às áreas operacionais. Em 2025, Helen Cappelletti de Lima passou a ocupar o cargo de diretora superintendente de Gestão. Essa é a primeira vez que uma mulher ocupa a superintendência da DAE.
Sua trajetória na administração pública começou em 1998 e, desde então, passou por diferentes desafios. Atuou na DAE entre 2005 e 2009 na diretoria Jurídica, retornando em 2017 para a mesma diretoria. Em 2019, assumiu a Diretoria de Conformidade e Gestão de Riscos e, com a mudança de gestão, foi convidada para a superintendência. “É uma conquista importante e, ao mesmo tempo, um desafio positivo. Espero contribuir para um ambiente mais seguro, acolhedor e de escuta para as mulheres da empresa”, afirma. Além de quebrar barreiras, sua missão inclui aproximar ainda mais os servidores e criar um espaço de reconhecimento e valorização das servidoras que integram a DAE.
Atualmente, as mulheres representam 29% do quadro funcional da empresa e ocupam 47 cargos de liderança, refletindo um avanço importante na representatividade feminina dentro do ambiente corporativo.