O cenário pode não estar com o seu visual mais belo, porém, a represa do Parque da Cidade continua atendendo plenamente as necessidades de abastecimento da população de Jundiaí. Esta é a avaliação feita pelos técnicos da DAE S.A., empresa responsável pelo fornecimento de água da cidade e que também administra a represa do Rio Jundiaí-Mirim. O baixo nível de água está relacionado com o período prolongado de estiagem, incomum a esta época do ano.
Neste mesmo período, no ano passado, foram registradas mais chuvas que em 2010. Entre setembro e novembro de 2009, o índice pluviométrico foi de 575 mm, enquanto que neste ano, foi de 294mm.“Quem olha para a represa pode até julgar que está vazia, mas as áreas que estão secas são espelhos d´água, ou seja, não são profundas. Hoje, mesmo com a redução da água por conta da falta de chuvas, dos 5,5 bilhões de nossa capacidade, temos atualmente 3 bilhões armazenados. Mesmo sem chuvas, o volume de água que chega pelo Rio Jundiaí-Mirim é de 1200 litros por segundo, que é o consumo necessário para abastecer o município com tranquilidade”, explicou Wilson Roberto Engholm, presidente da DAE S.A.
Quanto à represa 1, com entrada pela Rodovia Vereador Geraldo Dias, o nível baixo está relacionado com o processo de desassoreamento, técnica necessária para limpeza do lodo que fica depositado ao longo dos anos no fundo da represa. “Para fazer o desassoreamento, dividimos a represa em dois e secamos um dos lados, onde é feita a retirada do lodo. E este processo, obviamente, tem de ser feito no período de estiagem”, salienta Engholm.