O plantio de 160 mudas de árvores nativas da mata ciliar do rio Jundiaí e uma oficina de educação ambiental para crianças e adolescentes do Varjão marcaram o encerramento das comemorações da Semana do rio Jundiaí, realizado pela Companhia Saneamento Jundiaí na manhã de sexta-feira.
Antes de começarem as atividades práticas as crianças participaram de um ‘bate-papo’, que contou com a presença do diretor presidente da CSJ Lesko Leslie Araújo de Araújo, a Dirigente da Diretoria de Ensino Professora Eliana Boldrin, coordenadora da Casa da Fonte Maria Cristina Castilho de Andrade e a diretora da EMEB Ivo de Bona, Tieme Goto Pupin.
Em seguida os técnicos da equipe de educação ambiental da Associação, Clayton Balduíno e Carolina Ramiro e o engenheiro florestal, Eduardo Kuranchi começaram a oficina com as 24 crianças da 3ª série do ensino fundamental da EMEB Ivo de Bona e 8 crianças e adolescentes do projeto Casa da Fonte.
Durante a explicação os técnicos explicaram a importância da Mata Ciliar para os rios e da água para todo os habitantes e seres vivos. Eles também explanaram um pouco sobre a importância de se realizar o plantio de novas árvores, principalmente nas margens do rio Jundiaí.
Após a explicação todos os presentes participaram do café-da-manhã. Enquanto as crianças repunham as energias foram surpreendidos com uma surpresa: uma apresentação do sapo Cururu. O técnico Clayton vestiu-se de sapo e fez uma encenação, cantando a famosa música “O sapo não lava o pé”.
Na adaptação da canção infantil os monitores da AMC falaram que o sapo não lava o pé por causa da grande carga poluidora que o lago se encontra. Segundo Clayton essa técnica de ensino é muito boa e atinge ótimos resultados com as crianças. “Por meio de uma brincadeira conseguimos fazer com que as crianças entendam e memorizem os problemas enfrentados pela fauna e flora, devido à interferência humana. Na letra dizemos que o sapo não lave o pé, porque a água do local onde ele mora está mais suja que ele”, comenta o técnico.
Segundo o diretor da CSJ, Lesko Leslie Araújo de Araújo a participação das crianças e de todos os presentes foi de muita valia. “Estamos sempre procurando fazer nossa parte na preservação do meio ambiente. E hoje o dia é muito especial, pois cada um de nós aqui presente está dando sua contribuição plantando uma árvore”.
A ação faz parte de um projeto amplo que a Companhia desenvolve. “É um programa de educação ambiental que vê a criança como o melhor veículo para a disseminação de mensagens. Queremos mostrar que a iniciativa privada deve e pode participar de ações positivas”, enfatizou Lesko.
A diretora da EMEB concorda com Lesko e ainda complementa. “Essa parte prática está completando a teoria. Os alunos são multiplicadores e as idéias lançadas vão incorporar em ações que podem interferir na vida dos adultos”, comentou.
Exemplo de que a iniciativa já está tomando os rumos objetivados é a pequena Monique de Siqueira Modanesi, que aos seus 9 anos já é um exemplo de consciência ecológica. A aluna contou o que aprendeu no evento e o que vai fazer para ajudar o meio ambiente. “Achei muito legal tudo o que aprendi hoje. Agora sei o quanto a poluição prejudica e que podemos fazer nossa parte para ajudar e lutar contra isso. Precisamos preservar e cuidar dos rios e não vou deixar que estraguem o meio ambiente na minha frente. Se eu ver uma outra pessoa poluindo vou conversar com ela e pedir para não fazer mais”.
Além de Monique todas as crianças participantes plantaram as mudas nos locais já pré-determinados pela Associação Mata Ciliar. Segundo o engenheiro florestal, Eduardo Kurachi foram plantadas 25 espécies diferentes, entre elas Bipirona, Guapuruvu, Aroeira, Embauba, Cedro, entre outras. “A área está degradada e deve estar reflorestada entre 6 e 8 anos”.
O plantio foi realizado no período da manhã e no período da tarde a área reflorestada, assim como grande parte da cidade foi prestigiada com a chuva, que não caia há muitos dias. O que colabora para o sadio crescimento das mudas.