Palestra sobre tabagismo encerra a 7ª Semana Interna de Saúde na DAE

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Palestra sobre tabagismo encerra a 7ª Semana Interna de Saúde na DAEO tabagismo, visto como doença, os sintomas e principalmente os tratamentos disponíveis foram os assuntos da palestra que encerrou a 7ª Semana Interna de Saúde na DAE. A psicóloga da Medicina Preventiva da Notre Dame Saúde, Juliana Silveira ministrou o tema “Reflexão sobre a necessidade de parar de fumar”.

Apesar de ser um assunto muito discutido, a psicóloga falou de dados estatísticos, história do tabagismo e malefícios, mas ateve-se a dois pontos principais durante a explanação: as causas da dependência e o tratamento da doença. “O cigarro, assim como outras drogas, estimula a liberação da dopamina, que dá a sensação de prazer e recompensa, no entanto os fumantes não podem se esquecer que o organismo torna-se tolerante e com o tempo precisa de mais cigarros para causar a mesma sensação do começo”.

Atualmente o tabagismo é considerado uma doença crônica e está cadastrado como CID 10 (“Desordem mental e de comportamento em razão da síndrome da dependência a nicotina”). Juliana explicou que para o tratamento ter sucesso é preciso força de vontade e acompanhamento médico. “Os interessados em realmente parar de fumar precisam conhecer todos os sintomas causados pela síndrome da abstinência como agitação e irritação, para um melhor controle e planejamento. Muitos casos também precisam recorrer ao auxílio de medicamentos como os chicletes, adesivos e até antidepressivo, mas sempre sob orientação profissional”.

Depois da palestras os funcionários fumantes e interessados em tratar a doença participaram de uma pesquisa, para a formação de um Grupo de Tabagismo, que contará com ajuda de psicólogos e médicos especializados no tratamento.

Para o motorista José Carlos de Aguiar a palestra foi diferente e positiva. “Gostei muito, pois a psicóloga não mostrou somente os malefícios que o vício traz, mas principalmente alternativas de como parar de fumar. Já tentei algumas vezes sair do grupo de tabagista, mas não obtive grandes sucessos, pois sempre tive recaídas. Sou fumante há mais de 30 anos e quero parar com esse vício por causa da minha família, mas principalmente para a melhoria da minha saúde e qualidade de vida. Estou muito interessado em participar desse grupo”,comentou.

A palestra e a pesquisa de interesse foram apenas o início da campanha que a DAE está desenvolvendo com seus funcionários. O Grupo de Combate ao Tabagismo vai trabalhar com terapias e dinâmicas divididas em quatros sessões com uma hora e meia de duração. “Muitos funcionários mostraram interesse em participar. Essa iniciativa, como outras voltadas para a saúde dos servidores, tem o apoio da diretoria da empresa. Estamos apenas dando um impulso aos nossos funcionários que querem, mas não conseguem deixar o vício. Esse é mais um grupo que estamos formando para os funcionários. Hoje contamos também com programas de prevenção e tratamento de alcoolismo e de portadores de doenças crônicas: diabetes e hipertensão. O do tabagismo vem para complementar e ajudar na melhoria da qualidade de vida dos nossos servidores”, explica a Assistente Social Lucia Helena Pereira Gonzales.

Tabagismo na empresa – De acordo com uma pesquisa desenvolvida pela Divisão de Estudos e Pesquisas da empresa de consultoria em Recursos Humanos Millennium RH, o funcionário fumante trabalha, em média, meia hora a menos que o não tabagista. O que pode representar mais de um dia e meio de expediente durante um mês. Outra conclusão é de que após o abandono do vício o servidor apresenta uma melhoria de rendimento de quase 80%.

Mas não é apenas o tempo ocioso que chama a atenção de administradores de empresas. Funcionários que deixam de fumar ou não são tabagistas apresentam melhor qualidade de vida. Além disso, gastos hospitalares e com medicamentos voltados para doenças ligados ao uso do cigarro podem representar uma grande porcentagem no orçamento.