Chicotes, correntes e música que nos remete à cultura africana. Foram esses os diferenciais assistidos pelos participantes do projeto “Jundiaí é Bom Viver Aqui” da última quarta-feira (5).
A cerimônia de abertura que normalmente é realizada com exibição de um vídeo institucional, foi substituída pela apresentação do monólogo “O navio negreiro”.
O monólogo começou como uma brincadeira, mas foi quando a defensora pública, Patrícia Malite Imperato fez parceria com assessor de cerimonial da prefeitura, Nelson da Silva que o projeto se expandiu e as apresentações realizadas na casa de amigos, atingiu lugares e públicos mais diversificados.
“Eu faço questão de declamar o navio negreiro, porque ele traz essa consciência para as pessoas da dívida social e até mesmo espiritual que se tem com a raça negra e a África. Está na hora da população diminuir as diferenças e o preconceito disfarçado que se tem e efetivamente pagar essa divida”, declarou Patrícia após a apresentação do poema de Castro Alves.
O espetáculo foi assistido por aproximadamente 40 pessoas do grupo Terra da Uva, que ao som do atabaque (instrumento de percussão de origem africana), puderam aprender um pouco mais sobre a situação ao qual os africanos viviam no Brasil.